G1 - O Portal de Notícias da Globo

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Eclipse Comportamental

Por Helder Silva.

          Se formos buscar nos dicionários o significado da palavra eclipse encontraremos vocábulos como: ofuscar,desaparecer,esconder-se.Mais para milhões de adolescentes no mundo inteiro trata-se do terceiro filme da saga Crepúsculo, da escritora Stephenie Meyer.Os filmes anteriores como Lua Nova e Crepúsculo, arrecadaram milhões de doláres em bilheterias, a história de um triângulo amoroso entre um vampiro,um lobisomem e humana encanta o público teen e assim como os adultos.Até então não há problemas acerca disto , visto que, quando os filmes da saga Harry Potter foram lançados aconteceu praticamente do mesmo modo.Mas o que a saga da Stephenie traz é algo fictício que porem parece ser possível de realizar.Várias garotas tentam encontrar seu Edward Cullen ou seu Jacob ( nome dos personagens representados por Robert Pattinson e Taylor Lautner respectivamente).O que se torna preocupante para o sociedade é até aonde os filmes,seriados,minisséries,novelas, conseguem ditar o comportamento da sociedade, se fizermos uma retrospectiva de seriados,filmes e novelas que marcaram a sociedade através do comportamento de seus personagens , com toda certeza teríamos que escrever vários artigos acerca disto.
Mas em especial tratando-se do filme " Eclipse" que estreou hoje (30), podemos observar o quanto o mesmo influencia no comportamento dos adolescentes mexendo com suas imaginações, e até mesmo fazendo-os acreditar que a ficção das telas pode torna-se realidade.Em um ônibus hoje ,andando pelas principais vias da cidade, onde situam-se os maiores shoppings eram notório a aglomeração de pessoas querendo assistir a estréia da saga crepúsculo.Pessoas vestidas semelhantes aos atores da novela,camisetas personalizadas,bandanas entre outro acessórios que compõe o imaginário dos fãs.O que me faz repensar em meio a todo este processo, é até aonde as pessoas deixam a sua personalidade e pessoalidade ser mudada em função de um objeto da  mídia.Se formos partir para a lingüística poderíamos classificar esse recurso da mídia como "função apelativa", o interessante é notar que alguns fãs estão tão envoltos nesse contexto imaginário, que passam a acreditar que de fato são os personagens do filme.Torna-se curioso e ao mesmo tempo preocupante tudo isso, por que o ser humano não deve perder a sua características pessoais, assim como, a sua personalidade devido á uma eclosão "filmistica", pois ai o individualidade perde a sua caracteristica principal.Ai encontraremos pelas ruas vários Edwards,Belas e Jacob's pessoas que deixaram de alimentar a si mesmo para alimentar um personagem em si.Parece até exagerado o modo que expomos este comportamento,mas expor a realidade for exagero que seja.
Precisamos repensar na forma comportamental do ser humano, talvez se repensássemos um pouco mais muitos fatos de nossa realidade não ficariam sem explicação.O importante não é permitir que a mídia dite o comportamento da  massa jovem, mais sim acontecer o processo inverso.
Que não seja necessário ao homem criar um ser imaginário, para que possa assumir determinados tipos de comportamento,por inibição de ser quem realmente é.Mas que crie um ser dentro de si capaz de responder e assumir por comportamentos que realmente desejam execer.

Um comentário: